E se assim não era?

Era a era de adormecidos
E dos ditos dos desditos desavindos
A nobreza desfalecera
A beira da paz que escurecera
Era a geração da não confissão
Da nostalgia da confusão
Era o que era essa confusa guerra
Sem armas de tamanho
De cobre ou estanho
Era a era da Vera sem vela
Dos antigos das naus agora sem caravelas
Do neo sem néon
Do branco frisson
Sem tostão
Do erudito aldrabão
E o mestiço sabichão
Era pois, era...
A arte de viver na berra
De línguas verdes em serra
De bebes sem comes
E do alcoolizado dormes
Era o que era
Que foi hoje ainda
Do quadro quadrado a espera de tinta
Do lavrador sem quinta
Era a era da espera
Da solidão que ate dela se esquecera
Era, ah pois era!
A era da erva daninha
Do afasta a mão da minha
E assim era
Um mundo rei de bera
Onde ele acerta e todo o infeliz erra.

MCTavarlos

Dakar 20 de Mar;co de 2014


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