Sem pressa ...acende, aumenta o volume e esquece?

Vai fingindo que aprende
Na desregrada se acende
Um ultimo humor inalado
Uma mortalha iluminada da raiz ao centro.
Roda entre os dedos a luta abrupta
De um vicio acarinhado
Arrastando a vontade rosoluta...
Um ultimo sopro
Uma vaga de cinza
Um novo texto
Um testemunho antecipado
Da morte astuta
Lenta e sonolenta.
Embriaga-se do fumo
De um rejuvenescer apodrecido
Enegrece o respirar
Porque assim se faz o seu rezar
Em cristais baccarat repousa o seu lume
Na fonte do ar acresce alcatrão e estrume
So mais uma dose
Desse humor anafado
Desse amigo sombrio
Em vagas noites iluminado
Faz-se o poema da morte lenta
Do humano dividido que a inercia atormenta
So mais um fumo
Bento em negrume
Amanhece no ultimo
Como orador esquecido no púlpito...
Que ‘e feito do dia
Da doçura que abominou a cobardia?
Mais um sopro
Mais lume...
Dançam os dedos
Sorve-se a vida
Entre palha e papel
Tabaco a granel,
Gralhas emotivas
Folhas noctívagas...
Adeus descoberta
Restam as macas e cobertas
Presentes de amigo
Demente faseado no castigo
Entre a fabrica e o monopólio
Ficam os ossos do ser sem espolio.

MCTavarlos
Praia, 03 de Junho de 2014
P.S: Não comece, assim não vai precisar ser um ex...fumador



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