(RE)Erecto
Vou abrigar-me na
felicidade da linha esférica
Entre milhões de
pontos equidistantes do centro
Centrar o mundo
em rotativo comprimento,
Rodopiar sem
macula ou tormento.
Foram apagadas as
magoas da severa
Hoje sei que a
lida abafa os lamentos
Tem mãos calosas
e alma aguerrida
Tardes desenfastiosas
Com odor de manha
florida.
Sim, vou
escorregar ao sabor do cilindro
Rodar sobre as
linhas curvas de um novo sentimento...
Uma nova alvorada
Prenhe em enfase
da palavra.
Um dia a menos em
que tudo sabe mais:
Sem vontades animais
Sonhos irreais
Ou preces banais...
Apenas labuta
Pena resoluta...
Vivência astuta
De quem escorrega
no levante
Mas não adormece
na luta
Tem garra para
afastar o poente
e o lúgubre do ente ausente.
MC Tavarlos
Praia, 27 de Maio
de 2014.
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"A Bailarina" de Juan Miro http://verdequetequerorosa.wordpress.com/2011/04/22/a-bailarina-de-miro/ |
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