Expurgo

Não temas!
Esse ser prostrado não ‘e eterno
Nem a carência torpe de abraço fraterno
Não temas!
Esse leito se fará revolto
Dar-te-a nas pernas a ausência de braços
Renegara na historia essa ausência de espaços
Não Temas!
Que o orgulho alheio não seja teu
Que a braveza tua ciclone os céus
Não, não temas!
Os ruídos que crescem também se abalam
As montanhas estanques podem ser corroídas
Basta a for;ca do vento
Uma mente atenta ao novo alento..
Não temas!
Não te cerques de flores despedaçadas
Não revires os túmulos de velhas ossadas
Não obstruas a voz
Esquece que foi só gloria a dos teus avós
Não temas nunca
Essa dor sincera
Que almeja paz
Mas nunca sucumbe na guerra.

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