Vou porque vou... mas se calhar ainda não fui?
Na terra agora
ressequida um aproximado odor a maresia
Das gentes a
quase ausência
Migrantes
internos eternos a procura de solvência
Longe se fora o
sentir a querer ficar
As cidades
acanhadas muitos acorriam para habitar
Era a vida na
labuta que fizera assim ousar
Trocar o mar
A terra árida em
noite enluarada
Pela caminhada em
novo marulhar...
Assim carpia o
coração migrante
Em nova angustia
pelo bem inconstante.
Um hoje a mais
Um talvez amanha
Na ansiada
riqueza de terra crista.
Pobre na labuta
Rico na escuta
Fizera-se ao
tempo
Sem medo do
relento
Tinha consciência
incerta
E a certeza de
mente aberta.
Amanha ou depois
Uma lavra
prospera
Sem carros de
bois
Sem enxada
ferrugenta
Sem pedras e poeira
Ou noites
repetidas de canseira.
MCTavarlos
Praia, 11 de Maio de 2014
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