Do molhe e da alvorada



Aromas ou presságios
De outro passo sem rumo certo
a agastar o cansaço:

És  do forte que se estende bem perto
Onde há gente  que  lembramos de olfacto,
de rangeres de dentes e respingos do corpo…

Sombras de luta e vazio
De permuta
entre o lodo e a terra escura,
 grãos escaldantes e nevoeiros de agua


Somos da saudade das ruínas
 em risos sinceros
de panelas a lamber beiços
 e mãos a esmagar bolos

São os fervores de realidade
de pobreza orgulhosa
raiva abatida
em discos e charros e veneno ardido…

saudades de te ver subir o monte
caminhar serena chamando a morte


entrelaça os dedos e acena
roubarás porte ao padrão
ao porto perdido e a nobreza

Lembra,
vais a luta e regressas perene!
MCTavarlos
Setembro 2016



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