Plágio de viver em dobro
O que
escreveria Faulkner,
do nosso nem sequer é passado
E da ânsia de
ser cinema num poema,
Ou de ouvir
musica a cair entre duas portas traseiras?
Saberia que
a nossa rua tinha veias, veios e velhos
Como qualquer
abraço num sonho do Sena ao final da tarde?
Talvez extinguisse
a Paris que nunca vi
E onde te
amei mais do que padeci!
Degustaria
um rouge de lábios selados
e o
entrelaçar do buço carnudo e o cigarro
sem sorte de
podre
cancro ou
reencarnação…
As vezes
diria que as letras não se pintam
Nem se
juntam com comoção
E se formam
palavras desconhecem pecado
Como é ter
amo e ter tesão!
O que diria
esse homem que nunca li,
Que diz que
o passado não morre
E so quando
o relógio para se vive?
Quero
esquecer-lhe a frase e reler-te
Ao som da
vitrola,
Do batom no
copo e no corpo
Do fumo expelido
em qualquer lado
E azáfama de
te sentir fundo em mim!
O que diria
de te ver perdido no corredor do quarto
Preso aos pincéis
e as damas em qualquer quadro?
O que diria
do nosso arbítrio:
“que o ontem
já se foi, e amanhã talvez não venha”
MCTavarlos
Praia, 9 de Novembro 2016
P.S: Catando de Faulkner e amor
Nu couché - Amedeo Modigliani
LINDO POEMA! CONTINUA...
ResponderEliminarTENHA UMA BOA DIA
BIJIM
Obrigada.Fico satisfeita que tenha apreciado. Continuação de Boa Leitura.
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