Suplicio
Um aborrido olhar
de soslaio se levanta
Sempre que a revolta adormece ao lado da afronta.
É pressagio de
terror escondido
De amor que
recolhe num antes adormecido...
Palavras vãs
Angustias de
sentimento sem o doce das maçãs...
Um tento hoje sem
colher jamais
Um desenfreado
adeus de amantes canibais:
Forte, terno e
irreal
Amante da
ausência do ser animal.
Eram noites assim
As do porto
abstracto abrigado em mim:
Sonolentas não
dormidas
Despertas sem
sombra de vida
Frenéticas sem
acolhida.
Respira, inspira
Flecha a fronte
desmedida
Deixa cair essa
paixão mal adormecida
O hoje é um
passado a mais
Sempre tarde
entre bípedes desleais.
MC Tavarlos
Praia, 24 de Abril 2014
"A Morte de Sardanapulo" de Eugene Delacroix http://valiteratura.blogspot.com/2010/11/romantismo-frances.html |
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